quinta-feira, 14 de maio de 2009

Queria ter 90 anos

Me incomoda essa coisa de ser uma retrógrada de vanguarda. De inconscientemente estar inovando, mas sonhar em ter marido, filhos. De querer viajar o mundo, trabalhar em uma fazenda de abacaxi no Hawaií, ser voluntária em alguma reserva na África e ao mesmo tempo continuar a vida acadêmica na USP por mais, 7, 8 anos.
Tem horas que eu queria ter nascido no começo do século passado, quando a liberdade de escolha e expressão eram privilégio de poucos, assim sendo as mulheres nasciam sabendo que foram feitas pra casar aos 15, ter filhos logo em seguida. A humanidade hoje em dia clama tanto pela liberdade, mas será que a liberdade é mesmo tão boa assim? As vezes é tão mais fácil ter alguém pra tomar decisões por você, por que pelo menos se algo der errado temos a quem culpar.
Desde dezembro de 2007 estou nessa vida de vai em volta, e estou cansando.
Eu quero poder amar sem pensar no amanhã, sem pensar que a contagem regressiva pro final de semana é também conjunta a contagem regressiva pro término de uma relação que eu tanto prezo.
Mas quando eu entro em conflito com o que eu quero e o que eu tenho que fazer, eu sempre lembro de uma frase que ouvi por aí algum dia:

Every song ends.... is that any reason not to enjoy the music?

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